HALITOSE - Mau Hálito

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A halitose não é uma doença e sim um sintoma de uma possível alteração patológica (ex.: doença periodontal, alterações hepáticas, etc.), variação fisiológica (ex.: menstruação) ou mesmo de um processo adaptativo do organismo (ex.: jejum prolongado).

Se você sofre do problema, não se angustie. O mal tem cura e é mais comum do que se imagina: aproximadamente 40% da população brasileira têm halitose.

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Se considerássemos o mau hálito desagradável ao acordar, praticamente 100% da população seriam portadoras de halitose. Por isso, o mau hálito da manhã é considerado fisiológico. Se a pessoa ficar mais de quatro horas sem se alimentar o corpo sofre com hipoglicemia (diminuição na quantidade de açúcar para o organismo queimar, além disso há redução do fluxo salivar para virtualmente zero durante o sono e ao aumento da flora bacteriana anaeróbia proteolítica). 

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Assim, o organismo passa a consumir ácido graxo (gordura), presente na corrente sanguínea. Esse ácido possui um odor fétido e é volátil. Quando a pessoa expira e há a troca de gases no pulmão, o cheiro ruim do ácido graxo é eliminado. Após a higiene dos dentes (com fio dental e escova), da língua (com limpador lingual) e após a primeira refeição (café da manhã), a halitose matinal deve desaparecer. Caso isso não aconteça, podemos considerar que o indivíduo tem mau hálito e que este precisa ser investigado o diagnostico para o tratamento de halitose...

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Existem mais de 60 causas para a Halitose (mau hálito) onde 90% dos casos são de origem bucal, principalmente quando existe presença de saburra lingual e alterações na gengiva.

Gengivite e outras inflamações na via oral

 Essas são as causas mais frequentes de halitose, e surgem como principal consequência da falta de higiene bucal. A gengivite e outras inflamações na boca causam um acúmulo de bactérias no local, que atuam na área inflamada e em restos alimentares contidos na boca, provocando a liberação de gases com cheiro desagradável. O hálito provocado pelas inflamações da via oral exala um cheiro de enxofre, em decorrência dos resíduos deixados pelas bactériashttps://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/1878374_large.jpg.A segunda maior causa de halitose de origem bucal é a doença periodontal, principalmente a periodontite, onde formam bolsas periodontais, localizadas entre o dente e a gengiva, com inflamação dos tecidos que unem os dentes ao osso. Essas bolsas acumulam colônias de bactérias que se alimentam de proteínas do sulco gengival, da saliva e de carboidratos, gerando compostos orgânicos e sulfurados voláteis responsáveis pelo odor desagradável do hálito.

Também são fontes de mau hálito, as próteses mal adaptadas e as restaurações com problemas de infiltrações, caries etc. 

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A inflamação das amídalas, por exemplo, pode provocar maior formação de muco que, depositado na parte posterior da língua, produz mais saburra lingual e dispara o processo da halitose.

 Os cáseos têm a aparência de um grão de arroz, muito mal cheirosos, e se acumulam na região das amígdalas e criptas. Eles são formados pelo mesmo material da saburra, ou seja, restos alimentares e células mortas por descamação da boca. A baixa salivação é um fator que sempre está relacionado, por facilitar a deposição de detritos na boca. E nas pessoas em que as amígdalas têm “buraquinhos” mais abertos, estes restos se depositam por lá. A relação com mau hálito é que o odor deles, quando presentes na boca, é fétido.Repetidos ataques de amigdalite acompanhada de mau hálito em crianças pode indicar a presença de pedras da amígdala(cáseos). 

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/linguaclosed.pngA língua é a principal fonte do mau hálito

A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se formam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e geram compostos sulfurados voláteis com cheiro característico de ovo podre. Essa é, sem dúvida, a principal causa do mau hálito. A escova não é eficiente para a remoção dos restos epiteliais e de bactérias no dorso da língua, mas existem raspadores linguais capazes de remover os resíduos.

 https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/sabuerralingual.jpgSaburra Lingual

A saburra é o resto de alimentos que, não removidos na escovação e somados às células mortas que descamam da mucosa, deposita-se na língua. 

 Ela serve de substrato (alimento) para as bactérias que liberam odores trabalharem a favor da halitose. 

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A escovação da língua é fundamental para evitar o mau hálito. O raspador lingual existe para ajudar na remoção da saburra, mas escovar a língua antes de usá-lo garante que os resíduos existentes na língua sejam desorganizados e mais facilmente removidos. https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/botao_saiba_mais.png

 

O ESTÔMAGO NÃO TEM CULPA

Se houver qualquer problema na saúde digestiva, os efeitos serão sentidos por toda parte. Além dos sintomas óbvios de prisão de ventre, diarreia ou flatulência, ele irá causar acne e halitose também.
https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/halitose_3__1.jpgAo contrário do que se pensa, Diversas pesquisas afirmam que apenas 1% das causas da Halitose está associada a problemas gástricos, pois em situações fisiológicas normais o esfíncter esofágico inferior impede que ocorra refluxo das secreções do estômago para o esôfago. 

Esfíncteres são válvulas que se fecham depois da passagem dos alimentos. Normalmente, o mau hálito pode ser atribuído ao estômago apenas em duas situações básicas: eructação gástrica, ou arroto, e refluxo gastroesofágico, quando há uma deficiência no funcionamento da válvula que separa o esôfago do estômago. Embora pesquisas sejam contraditórias, doenças como gastrite por Helicobacter pylori também geram o mau hálito.

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/dieta.jpgHalitose da fome ou do regime:

A halitose do regime deve-se a hipoglicemia constante que desencadeia o metabolismo das reservas lipídicas resultando em corpos cetônicos que são eliminados através da via pulmonar e no caso do paciente estar utilizando medicamentos que reduzem o fluxo salivar (xerostômico), favorecem a formação de saburra lingual.

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Halitose por alimentos de odor carregado:

Alguns alimentos possuem fortes odores próprio (alho, cebola) que passam à corrente sanguínea e são excretados pela respiração, provocando mau hálito característico.

São também exemplos de grupo as halitose a ingestão de bebidas alcoólicas, queijo de cor amarela (mais ricos em gorduras), frituras, alimentos gordurosos em geral, ovos, condimentos, chocolate, salame, presunto, mortadela, couve e muitos outros. Os derivados voláteis quando não complemente metabolizados, são eliminados via pulmonar, iniciando a halitose alguns minutos ou horas após a ingestão do alimento e dura até o completo metabolismo do mesmo, podendo variar de indivíduo para indivíduo. Já as bebidas alcoólicas em excesso apresentam mais dois agravantes: ressecam a mucosa bucal aumentando a descamação e provocam alteração da microbiota intestinal com fermentação odorífera capaz de produzir halitose que pode ser mais acentuada quando associada à cirrose hepática.

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/halitose_medicamentosa.jpgHalitose Medicamentosa:

O uso de medicamentos pode influenciar hálito, seja por administração tópica ou sistêmica. Este último caso, mais frequente, ocorre após a ingestão ou perfusão de certos fármacos que são libertados ou que originam outros compostos de mau odor (sendo depois eliminados pelos pulmões). Na sua maioria, são medicamentos constituídos por compostos de enxofre. É o caso do dimetilsulfóxido (DMSO), dissulfiram, nitrito de amilo, dinitrato de isossorbida e alguns medicamentos citotóxicos. Estes medicamentos incluem antipsicóticos, anti-histamínicos, antidepressivos, bronco dilatadores e antiespasmódicos.

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Halitose do tabagismo:

os fumantes têm o odor exacerbado devido ao odor do tabaco utilizado e além disso, a fumaça agride a mucosa favorecendo a sua descamação e redução do fluxo salivar, propiciando a formação da saburra lingual; Alguns odores vêm do pulmão e chupar balas não vai removê-los. Odores de fumantes não são bucais. São exalados pelas vias aéreas e a bala só alivia o odor do hálito.

 

PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO MAU HÁLITO

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Halitose do stress:

O controle do fluxo salivar está na dependência do equilíbrio do sistema nervoso central, nos pacientes estressados poderá haver uma redução do fluxo salivar em diferentes graus, com possível formação de saburra lingual;

Doenças no trato respiratório

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/rinite.gifEntre 5 e 8% das causas de mau hálito se concentram em doenças do trato respiratório superior, como sinusite, rinite alérgica, amidalite e laringite. O catarro gerado por essas doenças, juntamente com a ação das bactérias causadoras da inflamação, são responsáveis pelo mau hálito. O cheiro gerado por esses problemas no geral é o de muco, por conta da concentração de catarro.

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Respiradores Bucais:Enfermidades no trato respiratório inferior como a bronquite podem causar um acúmulo de secreções no pulmão, servindo de alimento para as bactérias, que produzirão gases mal cheirosos. O mau hálito causado pelas doenças tanto do trato respiratório inferior, quanto superior, pode ser agravado se você for tabagista, pois fumar só contribui para o acúmulo de secreção nesses órgãos, além do odor característico que o cigarro deixa na boca. Há ressecamento bucal em decorrência da maior evaporação salivar e menor retenção de saliva residual.  

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/HALITOSEINFANTILSAIBAMAIS.JPGMau hálito em crianças acontece principalmente quando a criança está sofrendo de congestão grave o suficiente para impedi-lo de respirar normalmente pelo nariz. nariz entupido influenciar diretamente a gravidade do mau hálito em crianças por causa das condições de boca seca resultantes de crianças rotineiramente respirar através de sua boca, em vez de seus narizes. Isto promove o crescimento anaeróbio bacteriano, a falta de fluxo de saliva e de oxigénio, e excessiva de muco, que se situa na garganta. Todos estes elementos são propícios para a proliferação de bactérias que excretam compostos de odor fétido chamados compostos sulfurosos voláteis, ou VSCs. 

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/bocaxerostomia_peq.jpgXerostomia/Boca seca

As pessoas não percebem isso, mas a boca seca (xerostomia)pode levar ao mau hálito. Diversos fatores interferem na produção das glândulas salivares. Entre eles, destacam-se determinadas drogas, quimioterapia e doença da glândula salivar e certos problemas respiratórios. (Veja mais clicando ao lado)

Pacientes que respiram mais pela boca, não têm selamento labial adequado, o que provoca ressecamento da mucosa e favorece a halitose.O fluxo salivar também pode ser alterado por falta de ingestão de água. É importante ingerir de dois a três litros de água por dia para evitar que a parte sólida da saliva torne-se mais espessa por falta de líquido e acumule-se no dorso posterior da língua, aumentando a ocorrência de halitose.

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/saibamais_diabete.JPGDiabetes

O diabetes por si só não causa mau hálito. No entanto, ele pode contribuir para alteração no odor bucal em algumas circunstâncias. Em pacientes com diabetes tipo 1 que parem de usar insulina, pode ocorrer o fenômeno de Cetose (corpos cetônicos eliminados via pulmonar, da mesma forma que na halitose por regime), e o paciente pode apresentar o hálito cetônico, que se assemelha ao cheiro de maçã. Além disso, pacientes com um controle ruim do diabetes podem sofrer uma proliferação bacteriana na cavidade oral, em resultado do descontrole glicêmico. Nesse caso, o odor é parecido ao causado pelas inflamações da via oral. O desequilíbrio hídrico, nestes pacientes pode contribuir para a formação de saburra lingual;

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/images_1__2.jpgDoenças hepáticas

A insuficiência hepática e outros problemas que afetam o fígado, como a cirrose, podem causar diferentes tipos de mau hálito. No fígado acontece a síntese das substâncias absorvidas pelo nosso organismo, e seu mau funcionamento compromete esse processo, ocorrendo a liberação dessas substâncias pelas vias aéreas, quando elas na verdade deveriam ser excretadas. O odor do chamado hálito hepático é de terra molhada, que pode piorar e se tornar insuportável, conforme a gravidade da doença. 

Doenças renais

O mau funcionamento dos rins causado pela insuficiência pode levar a um acúmulo de ureia no organismo, que entra pelas vias aéreas e deixa um odor característico de amônia. A doença renal crônica, quando em estado grave, pode causar hálito com cheiro de urina - por isso, qualquer alteração desse tipo deve chamar a atenção dos pacientes ou alertar pessoas para o diagnóstico.

 Intolerância Alimentar

 Vale a pena lembrar que os alimentos podem causar tipos diferentes de reação, desde as mais leves até processos graves. A intolerância alimentar, por exemplo, é uma reação anormal a um alimento ou a algum componente alimentar. Ao contrário de uma reação alérgica, onde o sistema imunológico é ativado e elabora uma resposta, a intolerância a alimentos pode ocorrer pela falta de uma enzima necessária para a digestão desse alimento. Na alergia, o corpo reconhece certos alimentos como perigosos e ativa o sistema imunológico para atacá-los, como é o caso da doença celíaca e da alergia ao leite.

 

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/Lactose_Intolerance_1.jpgA intolerância à lactose afeta muitas pessoas(cerca de 40% da população brasileira), mas não é uma alergia. Ocorre quando há incapacidade de digestão da lactose, e deve-se ao fato da enzima lactase estar ausente ou diminuída. Neste caso o açúcar (lactose) não é digerido e consequentemente não absorvido, sendo fermentado por bactérias e gerando gases e sintomas de indigestão. Há lentidão metabólica com conseqüente estagnação e putrefação alimentar, causando Halitose. Já na intolerância à lactose os sintomas típicos incluem dor abdominal, sensação de inchaço no abdômen, flatulência, diarreia e vômitos.

 

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/celiacos.jpgA alergia ao glúten, também conhecida como doença celíaca, atinge um número bem menor de pessoas(1 em cada 300 a Indivíduos é atingido), porém muitas vezes passa despercebida por anos até que comecem a aparecer sintomas avançados.Considerado um corpo estranho e perigoso, o glúten passa a ser atacado pelo sistema de defesa, causando uma série de efeitos colaterais. O quadro clássico da doença celíaca é representado pela diarreia crônica, distensão abdominal e desnutrição. Entretanto, outros sintomas também podem estar presentes como dor abdominal, vômitos, prisão de ventre, inchaço, flatulência e irritabilidade. 

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/alimentosalergenicos.jpgUma pessoa que possui alergia alimentar apresenta diversas reações aos alimentos. As mais comuns são dores de cabeça, dores abdominais, náuseas, vômitos, coceira na boca, diarréia e coceiras na pele. Estes sintomas podem ocorrer cerca de 2 horas após a ingestão do alimento dependendo da quantidade ingerida e da sensibilidade de cada individuo. Já uma pessoa intolerante ao glúten ou à lactose – casos considerados mais comuns – apresenta geração de gases, cólicas, estufamentos, dores intestinais, mau hálito e diarréia.  Os principais alimentos alergênicos são leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe, crustáceos, chocolate e amendoim.Nestes casos há produção excessiva de muco semelhante ao quadro de rinite alérgica.

  

https://img.comunidades.net/cli/clinicaciso/fica_a_dica.jpgComo saber se tenho mau hálito e se preciso de tratamento de halitose?

A melhor forma é perguntar a uma pessoa sobre seu convívio e de confiança se o seu hálito está alterado e ou costuma ser forte. O portador que é consciente de sua halitose tem um perfil receoso e angustiado. Há pessoas que apenas acreditam possuir halitose. Para ambas as situações é importante o exame e um perfeito diagnóstico.Caso você identifique o problema ou caso você se sinta constrangido a pedir a alguém que o avalie, pode procurar um dentista para que este possa ajudá-lo no diagnóstico e no tratamento da halitose.

 Por que o portador da halitose não sente o seu próprio mau hálito?

Porque o olfato se adapta ao odor, por tolerância. O epitélio olfatório rapidamente se cansa ou fadiga, se acostumando ao odor e falhando na percepção (fadiga olfatória). Em pouco tempo, o paciente com halitose se acostuma ao próprio mau hálito.

Somente as pessoas que têm períodos de halitose e períodos de normalidade conseguem percebê-lo.

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