AFTAS

http://1.bp.blogspot.com/_BY3M4IIUviM/SkoYjYF3zRI/AAAAAAAAARw/dRo470tm_I4/s400/aftas(medicina-dentaria.blogspot.com).jpgO que é uma afta? 
A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população, caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas na mucosa bucal, as quais podem ser múltiplas ou solitárias.

 

Quais as características clínicas da afta?
As aftas costumam ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada. Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelada e circundada por um halo vermelho. Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.

Por que as aftas doem tanto?

As aftas são lesões ulceradas: há exposição do tecido conjuntivo, que é rico em vasos e nervos, o que provoca dor. Além disso, o quadro pode ser agravado por infecções causadas por microorganismos do meio bucal.

O que causa a afta?
Não podemos afirmar que exista um agente etiológico específico. Os ácidos presentes na alimentação, os pequenos traumas à mucosa, distúrbios gastrintestinais, o ciclo menstrual e o estresse emocional agem como fatores desencadeantes.

http://www.not1.com.br/wp-content/uploads/2010/08/fonte-de-vitaminas-300x235.jpgQual a relação entre as aftas e a dieta?


Embora a causa das aftas seja desconhecida, especialistas acreditam que possa existir uma associação entre o aparecimento de aftas e deficiências de ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Comer alimentos com grande concentração desses nutrientes pode ajudar a prevenir as manifestações.

Ao aparecerem as aftas, evite qualquer alimento ou bebida que possa irritar as úlceras. Dentre os agressores mais comuns, podemos listar bebidas quentes, álcool, alimentos salgados ou condimentados e alimentos ácidos.

Experimente uma dieta de alimentos leves e neutros. Caso as aftas doloridas interfiram na alimentação, experimente usar um canudinho para ingerir líquidos e alimentos pastosos. Os alimentos que causam menos dor são: gelatina, iogurte, pudim, arroz e frango cozido.

Coma bastante
Carnes magras, legumes, frutas secas, cereais fortificados e outros alimentos ricos em ferro;
Verduras de folhas verde-escuras, germe de trigo e legumes com ácido fólico ( abacate, aspargo, banana, feijão, grão-de-bico, fígado de boi);
Produtos magros derivados de animais, para obter vitamina B12.

As aftas são contagiosas?
Não, pois não se trata de doença infecciosa. No entanto, há um traço familiar envolvido. Filhos de pais portadores de aftas apresentam chances bem maiores de também sofrerem com aftas.

http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRH3-uuc0lmFFcDjAdmS2AzNz03o5Zf8tbOWpCFE8nqKf7I4xgaOutras doenças podem parecer aftas?
Sim. O câncer de boca, ou carcinoma epidermóide, freqüentemente começa como uma lesão ulcerada. Por isso, frente a uma úlcera bucal que não cicatriza dentro de 15 dias, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para o diagnóstico da lesão. Além disso, algumas doenças infecciosas, como o herpes, e algumas doenças dermatológicas com ocorrência intrabucal, como o lúpus, embora tenham características próprias bem conhecidas, em certas fases de seu desenvolvimento podem parecer-se com aftas, principalmente para o leigo.

Só agora, perto dos 50 anos de idade, comecei a sofrer com aftas. Por quê?
Confirmado o diagnóstico (pois nem toda ferida na boca é uma afta), será preciso investigar algum fato relevante na história médica do indivíduo ou se houve alguma modificação importante em seus hábitos de vida. Um fator muitas vezes relacionado com essa história é o abandono do hábito de fumar. O fumo provoca um espessamento da mucosa bucal, que parece tornar-se mais resistente à penetração de agentes desencadeadores da afta. Resta saber se vale correr o risco de adquirir um câncer de boca ou pulmão para se proteger das aftas.

Qual o melhor tratamento para as aftas?

 As medicações de uso sistêmico, como os imunossupressores, são efetivas na redução dos sintomas, mas possuem efeitos colaterais indesejáveis, às vezes graves, sendo, por isso, reservadas para os casos mais severos da doença, exigindo o acompanhamento atento de um especialista. Para os indivíduos com quadros clínicos mais leves, a melhor abordagem é a aplicação de antisépticos, antiinflamatórios, anestésicos ou protetores da mucosa, naturais ou sintéticos. O cirurgião-dentista deve ser consultado para um adequado diagnóstico e orientação terapêutica.

Fonte: Revista da APCD